- Em cada hora de consumo elétrico, cinco minutos são de produção eólica;
- Energia eólica excedente vai ser utilizada em carros eléctricos. As baterias dos carros eléctricos vão servir para armazenar a energia eólica excedente na Dinamarca, acabando com o desperdício;
- Cada turbina produz entre 50 a 300 kW de energia eléctrica. Com 1000 watts podemos acender 10 lâmpadas de 100 watts; assim, 300 kilowatts acendem 3000 lâmpadas de 100 watts cada;
- A maior turbina construída até agora localiza-se num parque eólico marinho da Alemanha;
- Existem turbinas de eixo vertical e de eixo horizontal. As turbinas de eixo horizontal são as mais conhecidas e comuns, as de eixo vertical baseiam-se num princípio semelhante às noras de água (aparelho de tirar água de poços e cisternas), chegando assim o vento perpendicularmente ao eixo de rotação da turbina.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Informações Interessantes
Entrevista
IHU On-Line – Que vantagens ambientais e socioeconômicas a energia eólica propõe?
Júlio César Passos - A principal vantagem é tratar-se de uma fonte renovável de energia que não agride o meio ambiente. A energia eólica também pode auxiliar na conservação ou regulação de outras fontes devido à complementaridade. Por exemplo, a geração de eletricidade a partir da energia eólica pode possibilitar o armazenamento de água dos reservatórios de usinas hidrelétricas, em períodos de seca, desde que se tenha um bom procedimento de previsão de capacidade de geração eólica. A energia eólica, assim como outras fontes renováveis de energia, dentre elas a solar e a biomassa, são apontadas como capazes de permitir que alcancemos, nas próximas décadas, um desenvolvimento sustentável.
É importante lembrar que na Alemanha, energia eólica é sinônimo de indústria com alto valor agregado e empregos bastante especializados. Além disso, a indústria eólica na Alemanha também permitiu que fossem criadas várias pequenas empresas de fabricantes de componentes, freios, instrumentação, além de empresas de serviços de serviços de montagem e reparos de aerogeradores. Por que não poderemos, também, partir para este tipo de empresas? Isto será possível desde que o Brasil opte por desenvolver tecnologias das indústrias de energias renováveis, de um modo geral. Caso contrário, seremos apenas importadores de tecnologia.
IHU On-Line – Dizem que esse tipo de energia é mais cara do que a gerada pelas hidrelétricas…
Júlio César Passos - Sim, de um modo geral, as tecnologias baseadas nas energias que são intrinsecamente intermitentes, como o são a eólica e a solar, são bem mais caras do que a gerada por hidrelétricas. Por sua vez, as hidrelétricas de grande porte são bem mais baratas do que as PCHs-Pequenas Centrais Hidrelétricas (com potência menor do que 30 MW (trinta megawatt)). No último leilão do Proinfa – Programa de Incentivo à Geração de Eletricidade por Fontes Alternativas, a remuneração do MWh (megawatt-hora) de energia eólica, para o parque Eólico de Osório, foi fixada em R$ 231,00 enquanto o MWh de fonte hídrica (PCHs) ficou entre R$ 110,00 e R$ 114,00. Portanto, a participação da energia na matriz energética deve ser vista como complementar, em função de seu elevado custo e do seu caráter intermitente.
IHU On-Line – Como o senhor percebe os investimentos nessa área? Falta incentivo do governo para que mais empresas apostem nesse segmento?
Júlio César Passos - No Brasil, apesar de ainda nos encontrarmos em um estágio inicial já demos o primeiro passo com a aprovação de projetos pelo Proinfa – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, que exige o índice de nacionalização mínimo de 60% e que prevê completar a instalação de 1420 MW (mega watts) de potência de aerogeradores (AGs). Atualmente, estima-se que a capacidade instalada, no Brasil, situa-se em torno de 230 MW. O Brasil já fabrica pás para grandes AGs, há bastante tempo, emSorocaba-SP, onde há duas fábricas de pás. Também já temos duas fábricas de máquinas que fabricam esses modernos e grandes AGs no Brasil: trata-se da Wobben Windpower, da subsidiária alemã Enercon (maior fabricante alemão), com uma fábrica no Ceará e outra em Sorocaba.
Mas os incentivos do Proinfa parecem não ser ainda suficientes para atrair um maior número de investidores. Também o número de pesquisas com a participação de universidades, governo e empresas ainda é pequeno e de forma descontinuada.
IHU On-Line – Por que só agora o País demonstra mais interesse em investir nesse tipo de energia?
Júlio César Passos - É largamente conhecido que a queima de combustíveis fósseis produz dióxido de carbono (CO2) que contribui pra o aquecimento da atmosfera terrestre. A energia eólica aparece como uma possibilidade de energia limpa, complementar às outras fontes.
IHU On-Line – Para que a energia eólica seja mais eficiente, em que lugares do País deveriam ser construídos os parques eólicos?
Júlio César Passos - No Sul do Brasil, existem as localidades de Palmas (PR), Laguna (SC), Água Doce (SC), Bom Jardim da Serra (SC) e Osório (RS), com bons ventos para geração eólica. Ventos bons são aqueles que atingem pelo menos uma média anual de seis metros por segundo. Os ventos do litoral do Nordeste do Brasil, principalmente no Ceará e no Rio Grande no Norte, são excelentes e chegam a alcançar uma média anual de oito metros por segundo. É importante que a velocidade do vento, ao longo do ano, apresente-se relativamente uniforme a fim de permitir um funcionamento do AG sem muita manutenção. Apesar de grande, os modernos AGs necessitam de proteção e são colocados em situação de não-rotação (parada), quando a velocidade do vento é muito elevada, acima de 25 m/s. Uma rajada de vento muito forte, por exemplo, poderia quebrar o aerogerador, que pode ser considerado como um computador grande programado para gerenciar várias tarefas, inclusive conectar e desconectar o gerador elétrico do AG à rede elétrica, mudar a orientação do AG em relação ao vento, variar o ângulo das pás, entre outras.
IHU On-Line – A Região Norte do País poderia ser beneficiada com esse tipo de energia?
Júlio César Passos - Infelizmente, a Região Norte não possui ventos com boa velocidade que permitam o investimento de grandes AGs. Apesar disto, alguns projetos pilotos com pequenos aerogeradores foram desenvolvidos pela UFPA – Universidade Federal do Pará em localidades isoladas, onde não há redes elétricas. Neste caso, a energia elétrica gerada por esses pequenos aerogeradores é armazenada em bancos de bateria.
IHU On-Line – Como o senhor percebe o parque eólico de Osório no Rio Grande do Sul? Ele pode servir de modelo para a construção de outros parques no Brasil?
Júlio César Passos - O parque de Osório apresenta como principal novidade o fato de que suas máquinas são as maiores até agora instaladas, no Brasil, com AGs de 2MW, com 71 metros de diâmetro de rotor e eixo a 98 m do solo. Portanto, são máquinas maiores do que aquelas instaladas em Santa Catarina (600 kW) e mesmo no Ceará e Rio Grande do Norte. Se quisermos avançar no conhecimento do funcionamento desses parques, será fundamental a instrumentação com anemômetros e o acompanhamento do que está sendo gerado em cada parque, ao longo de vários anos. Quais são as interferências, por exemplo, que a energia gerada por esses parques podem causar quando lançada na rede elétrica? Na Alemanha, é assim que tem sido feito, e isto explica por que os alemães estão na frente e exportam tecnologia. Além disso, a pesquisa aplicada nesta área também pode ser geradora de mão de obra altamente especializada.
IHU On-Line – O Brasil perdeu espaço na corrida pela energia eólica para países como Alemanha e EUA?
Júlio César Passos - A energia eólica para geração de eletricidade está associada aos modernos aerogeradores (AGs) de eixo horizontal, com três pás, conectados diretamente à rede elétrica, cujos diâmetros já chegam a passar de 110 m, ou seja, equivalente ao comprimento de um campo de futebol. Os AGs são máquinas de alta tecnologia e compõem-se de vários sistemas operando por meio de computadores que podem mudar o ângulo das pás em relação ao vento, a fim de se obter maior aproveitamento da energia do vento. O campeão mundial de número de máquinas instaladas, quase 20.000 AGs, é a Alemanha, cuja capacidade instalada é de 21.000 MW (megawatts), seguida pela Espanha e pelos EUA, ambos em torno de 10.000 e 9.000 MW, respectivamente. No caso da Alemanha, é importante observar que a energia eólica representa uma verdadeira indústria, geradora de milhares de empregos.
Os estudos não param e novos desafios surgem para os fabricantes. Com o aumento do tamanho médio dos aerogeradores, tem sido possível diminuir o preço por kW (quilowatt) instalado. A instalação de aerogeradores em parques offshore também coloca outros desafios, no que se refere à resistência de novos materiais. O fabricante Enercon, líder da Alemanha, desenvolveu um aerogerador em que não há caixa de transmissão permitindo o acoplamento do eixo da turbina diretamente ao eixo do gerador elétrico.
Portanto, trata-se de uma tecnologia bastante sofisticada, na qual o Brasil começa a dar os primeiros passos.
Mas é necessário dar mais incentivos para a pesquisa nessa área, não apenas para a tecnologia da máquina, mas também para a questão do potencial eólico e para a previsão de ventos para a geração de eletricidade. Por exemplo, ainda não dispomos de dados do vento de longo prazo (10 anos ou mais), o que é fundamental para se determinar o potencial eólico confiável de um lugar. Na UFSC, orientamos uma dissertação de mestrado, defendida em março de 2007, com dados de vento fornecidos pela Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina), onde se analisou o potencial eólico de vários sítios eólicos de Santa Catarina como também se implementou um método de previsão de ventos, a partir de dados de vento calculados através de modelos meteorológicos pelo CPTEC-INPE.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Entenda o Processo
Parque Eólico de Itabapoana
domingo, 3 de julho de 2011
Parques Eólicos Brasileiros
Energia Eólica no Brasil
Previsões mostram que até 2013 a capacidade do Brasil em produzir energia elétrica a partir da energia eólica quintuplicará, essas informações se baseiam no fato do grande crescimento econômico que o país vem tendo, isso está chamando, cada vez mais, atenção de empresários estrangeiros que vêem na energia eólica uma nova forma de empreendimento, como exemplo de empresas estrangeiras que tem investido nesse setor no Brasil temos a Wobben Windpower, Siemens, General Eletric (GE), Suzlon entre outras.
O aumento das necessidades do mercado brasileiro vem pressionando-o cada vez mais para que se invista em uma forma alternativa de energia, e como a energia eólica tem sido barateada e vem ganhando espaço nesse setor, o Brasil vem investindo pesado nela. Com a crise que afetou principalmente os Estados unidos e a Europa,os investimento no setor de energia diminuíram e projetos de novas usinas não se concluíram, porém o Brasil por ter se recuperado rapidamente desse fato, seu mercado consumidor de energia cresceu 12% no ano.
Uma vantagem da energia eólica no Brasil é o fato dela utilizar a energia cinética dos ventos, o que pode ajudar nas regiões em que há período de seca e não é viável que se use apenas da energia elétrica produzida pelas hidrelétricas como, por exemplo, o nordeste do Brasil.
A capacidade de geração de energia eólica no Brasil aumentou 77,7% em 2009, em relação ao ano anterior, número superior ao dos Estados Unidos. A capacidade no fim de 2009 era de cerca de 600 MW. Em 14 de Dezembro de 2009, cerca de 1.800 MW foram contratados com 71 usinas de energia eólica, programados para serem entregues a partir de julho de 2012.
Alguns Países Que Investem Na Energia Eólica
A Energia Eólica Está Crescendo Rapidamente
O vídeo abaixo fala sobre a energia eólica nos Estado Unidos. Ele está em inglês, portanto a tradução dele está abaixo:
Turbinas eólicas estão surgindo em um ritmo recorde pelos EUA e graças as crescentes preocupações pelo preço do gás natural e pelo desejo da independência de energia e incentivos para a produção de energia renovável, é provável que a tendência continue.
O “Horse Hollow Wind Energy Center” no sudoeste do Texas é o maior do mundo.
“A Energia Eólica é uma fonte de energia limpa e renovável que não tem impacto sobre a água, não tem impacto sobre emissões de gases e tem pouco impacto sobre a terra envolta, enquanto ao mesmo tempo, cria um tremendo crescimento econômico para várias comunidades rurais pelos Estados Unidos.”
Críticos da energia eólica apontam uma diferença de preços, notando que os custos de construção de geradores eólicos podem usar o dobro da dose de combustíveis fosseis.
Aqueles que apoiam, no entanto, afirmam que uma vez construídas, não há custo de combustível. Lembre-se que o vento é de graça e a manutenção é considerada mínima, tornando os custos da energia eólica competitivos.
De acordo com Mike Revak da “Siemens Power Generation” é relativamente fácil de aproveitar a energia.
“Você basicamente coloca um rotor no topo de uma torre alta, o vento sopra o rotor que está conectado a um eixo que impulsiona um gerador elétrico para produzir eletricidade”
Quanto mais torres, mais vento, mais largo é o gerador e maior é o diâmetro do rotor, mais energia é produzida. Hoje, mais de trinta estados possuem usinas eólicas, produzindo energia suficiente para abastecer cerca de 2.5 milhão de casas. O objetivo da Associação Americana de Energia Eólica é de 6% de todas as casas dos EUA receberem sua eletricidade do vento em 2020.
E os Estados Unidos não estão sozinhos em perceber o poder do vento. Alemanha, Espanha e Itália se juntam a América entre os líderes mundiais em capacidade eólica e na Dinamarca a energia eólica abastece 20% da demanda total de eletricidade do país.
Dados Mundiais
sábado, 2 de julho de 2011
Energia Eólica no Mundo
Antigamente, há cerca de quatro milênios, o vento era utilizado pelas sociedades antigas para movimentar barcos ao longo da água, além de terem sido criados os primeiros moinhos de vento, feitos para moer grãos, entre 2000 a.C e 200 a.C e que são muito comuns nos Países Baixos.
A tecnologia da energia eólica foi se desenvolvendo e no começo do século XX, moinhos já eram utilizados para abastecer áreas rurais com eletricidade e para o bombeamento de água. A tecnologia se expandiu para as cidades e hoje vários países produzem energia eólica.
A maior concentração de turbinas eólicas sempre esteve presente na Europa, mas atualmente, o continente ocupa o terceiro lugar no ranking de energia eólica sendo que somente 27% dos novos cata-ventos foram instalados lá.
Na África, quase não existem turbinas eólicas, devido à falta de infra-estrutura. Porém, Egito e Marrocos são os principais produtores desse tipo de energia, inclusive possuindo empresas que fabricam componentes para as turbinas como é o caso do Egito.
A Ásia foi o continente que teve maior crescimento detendo 40% de todos os novos cata-ventos instalados em 2009, a maioria presentes na China que, no mesmo ano, ultrapassou a Espanha e se tornou o terceiro maior produtor de energia eólica mundial. Além dos grandes parques eólicos, na Ásia são instalados micro parques eólicos para abastecer zonas rurais, sem acesso à energia elétrica.
Cerca de 2% das novas instalações estão presentes na América do Sul que se nesse aspecto se desenvolve mais lentamente, já que a energia elétrica é o principal meio de abastecimento, mesmo assim, a implantação de usinas eólicas esta crescendo, o México quintuplicou o número de turbinas em 2009 e o Chile planeja a construção de 20, com 6 já construídas.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
VÍDEOS - Como Funciona a Energia Eólica?
Descrevendo o Funcionamento de Uma Usina Eólica
- Pás do rotor: as pás são, basicamente, as velas do sistema. Em sua forma mais simples, atuam como barreiras para o vento (projetos de pás mais modernas vão além do método de barreira). Quando o vento força as pás a se mover, transfere parte de sua energia para o rotor;
- Eixo: o eixo da turbina eólica é conectado ao cubo do rotor. Quando o rotor gira, o eixo gira junto. Desse modo, o rotor transfere sua energia mecânica rotacional para o eixo, que está conectado a um gerador elétrico na outra extremidade;
- Gerador: na essência, um gerador é um dispositivo bastante simples, que usa as propriedades da indução eletromagnética para produzir tensão elétrica - uma diferença de potencial elétrico. A tensão é, essencialmente, "pressão" elétrica: ela é a força que move a eletricidade ou corrente elétrica de um ponto para outro. Assim, a geração de tensão é, de fato, geração de corrente. Um gerador simples consiste em ímãs e um condutor. O condutor é um fio enrolado na forma de bobina. Dentro do gerador, o eixo se conecta a um conjunto de imãs permanentes que circunda a bobina. Na indução eletromagnética, se você tem um condutor circundado por imãs e uma dessas partes estiver girando em relação à outra, estará induzindo tensão no condutor. Quando o rotor gira o eixo, este gira o conjunto de imãs que, por sua vez, gera tensão na bobina. Essa tensão induz a circulação de corrente elétrica (geralmente corrente alternada) através das linhas de energia elétrica para distribuição.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Vantagens x Desvantagens
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Como Se Formam os Ventos?
Para entender o funcionamento das usinas eólicas, é, primeiramente, necessário saber de onde surgem e como se formam os ventos, fonte de energia utilizada nesse processo.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Introdução
Energia Eólica é aquela que vem do movimento do ar (vento) e é uma fonte de energia limpa, renovável e abundante, não gera poluição nem agride o meio ambiente e pode auxiliar na redução do efeito estufa.